Velhinha fofoqueira
São dois pescadores gemeos.
Um é casado e o outro solteiro.
O solteiro tinha uma barca bem velhinha.
Um dia, a mulher do primeiro morre.
Como desgraça nunca vem só, a barca do irmão afunda no mesmo dia.
Uma senhora, uma destas velhotas curiosas e fofoqueiras, que soube da morte da mulher, resolve dar os pêsames ao viúvo.
Mas confunde os irmãos, e acaba falando com o outro, o que perdeu a barca.
- Eu só soube agora... Que perda enorme. Deve ser terrível para você.
E o pescador, sem entender direito, foi logo respondendo:
- Pois é. Eu estou arrasado. Mas é preciso ser forte e enfrentar a realidade. De qualquer modo, ela já estava bem velha. Tinha o traseiro todo arrebentado, fedia a peixe e metia água como nunca vi. É verdade que ela tinha uma grande racha na frente e um buraco atrás, e que, cada vez que eu a usava, o buraco ficava maior... Mas eu acho que o que ela não aguentou foi que eu a emprestava a quatro amigos que se divertiam com ela. Eu sempre lhes disse para eles irem com calma, mas desta vez, foram os quatro juntos e foi demais para ela...
A velhinha fofoqueira desmaiou!
DIÁRIO
DELA:
Ele ficou esquisito a partir de sábado à noite. Tínhamos combinado
encontrarmo-nos num bar para beber um copo antes de jantar. Andei às compras a tarde toda com as amigas e pensei que o seu comportamento se devesse ao meu
atraso de vinte minutos. Mas não. Nem sequer fez qualquer comentário, como lhe
é habitual. A conversa e o sítio não estavam muito animados, por isso propus
irmos a um lugar mais íntimo para podermos conversar mais tranquilamente.
Fomos a um restaurante caro e elegante. A comida estava excelente e o vinho
era de reserva. Quando veio a conta, ele nem refilou e continuava a portar-se
de forma bastante estranha. Como se estivesse ausente. Tentei rodar os
assuntos para fazer com que se animasse mas
culpa minha ou outra coisa qualquer. Quando lhe perguntei, disse apenas que
não tinha nada a ver comigo. Mas não me deixou convencida. No caminho para
casa, já no carro, disse-lhe que o amava. Ele limitou-se a passar o braço por
cima dos meus ombros, de forma paternal e sem me contestar. Não sei como
explicar a sua atitude, porque não disse que me queria como faz habitualmente.
Simplesmente não disse nada. Começo a ficar cada vez mais preocupada. Chegámos por fim a casa e, nesse preciso momento, pensei que ele me queria deixar.
Tentei fazer com que falasse sobre o assunto mas ele ligou a televisão e ficou
a olhá-la com um ar distante, como que a fazer-me ver que tudo tinha terminado
entre nós. O silêncio cortado pelo filme era sufocante. Por fim, desisti e
disse-lhe que ia para a cama. Mais ou menos dez minutos depois, ele entra no
quarto e deita-se a meu lado. Para enorme surpresa minha, correspondeu aos
meus beijos e carícias e acabámos por fazer amor. Não foi tão intenso como
normal mas ele pareceu gostar. Apesar de continuar com aquele ar distraído que
tanto me aflige. Depois, ainda deitada na cama, resolvi que queria enfrentar a
situação e falar com ele o quanto antes. Mas ele já tinha adormecido. Comecei
a chorar e continuei a fazê-lo pela noite dentro, até adormecer quase de
manhã. Estou desesperada, já não sei o que fazer. Estou praticamente
convencida que os seus pensamentos estão com outra. A minha vida é um
autêntico…desastre!
DIÁRIO
DELE:
O Benfica perdeu. Pelo menos dei uma queca......
. FIM
. Laranja
. Amarela
. Prateada
. FIM
. Laranja
. Amarela
. Prateada